Sexta informal: alguns livros da minha vida

Eu gosto muito de ler, quer dizer, eu aprendi a gostar, na época do colégio, antes do ensino médio eu achava que livro era chato e sofria quando a professora passava uma leitura obrigatória, até que em uma bela aula de literatura o professor anunciou que a prova seria baseada em O Cortiço de Aluísio de Azevedo, não teve jeito, eu tive que ler. A surpresa foi quando me vi na última página e percebi que havia adorado, eu estava com aquela sensação de depressão pós-livro sem saber o que eu faria do meu dia. A partir desse clássico eu adquiri um gosto pela leitura e pela escrita.

Eu tento fugir dos títulos que estão bombando porque sempre me passam a impressão de que a leitura é fácil, não é rica, mas isso é puro preconceito. Um exemplo é A menina que roubava livros de Marcus Zusak, a história é triste mas é humana, é envolvente, e a escrita é boa, não é complicada. Mas um dos meus preferidos é daqueles que a gente precisa ler mais de uma vez para não se perder na história é Cem anos de solidão de Gabriel Garcia Marquez que conta a história da família Buendia de geração em geração, são muitos personagens, alguns com o mesmo nome ou nomes muito parecidos, é preciso prestar atenção ou voltar algumas páginas para não se perder, só de escrever sobre ele dá vontade de devorá-lo pela terceira vez.

Também já caí numa série infanto-juvenil mas que foi tão boa de ler que eu só queria saber de conseguir o próximo volume, Harry Potter de J. K. Rowling tem uma história tão gostosa e bem construída que não só cativou os filhos mas os pais também. Um efeito engraçado é que sempre prefiro o livro ao filme mas esse também foi uma exceção, gostei das duas versões apesar de a leitura ser sempre mais rica pois é possível imaginar os personagens e os ambientes como quisermos.

A cura de Schopenhauer e Quando Nietzsche chorou de Irvin D. Yalom são livros tipo "papo cabeça" como a minha mãe costuma falar, nos dois o autor mescla elementos reais com a história e a presença das idéias de cada filósofo é marcante. São livros para quem gosta do assunto e está disposto a ter reflexões não só sobre as histórias mas sobre si mesmo.

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