Segunda saúde: a diferença entre medo e fobia

Eu vou começar contando que tenho uma amiga que tem fobia a peixe e quanto menor, pior, palavras dela. Não é frescura, não é besteira, é verdade, ela não chega perto de aquário, não entra no mar e quando vai a praia tem pesadelos. Admito que mesmo sendo uma futura psicóloga eu achei engraçado mas respeitei porque sei que não há nada de divertido nisso, é realmente apavorante.

A minha fobia já é mais conhecida, eu não suporto lugares fechados, metrô é uma tortura, se farei uma viagem de avião preciso de remédio para conseguir aguentar e se for longa eu sofro por antecedência de tanta preocupação. A claustrofobia atrapalha a minha vida, evito alguns elevadores e demoro muito mais no ônibus ou carro.

Entre o medo e a fobia há algumas diferenças, por exemplo: uma pessoa tem medo de escuro mas é capaz de acordar a noite e ir ao banheiro sem ligar a luz mesmo que corra para debaixo do cobertor depois; agora, uma pessoa que tem fobia a escuro não desliga a luz nem para dormir, evita sair a noite, não frequenta alguns lugares e mantém muitas velas e lanternas em casa caso haja queda de energia.

A fobia é o medo multiplicado por 1000 que causa uma ansiedade tremenda só de pensar. 

 Imagina alguém com fobia a gatos que corre, grita, agarra quem estiver na frente, chora, pula muro ou entra em prédios quando vê um, é uma situação constrangedora que causa até uma revolta em quem sofre por não conseguir se controlar, muitos não consideram como uma doença mas como uma fraqueza pessoal.

O tratamento deve ser feito com acompanhamento terapêutico e em alguns casos, remédios controlados como ansiolíticos e/ou antidepressivos.

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