24 agosto 2011

A Zara, o trabalho escravo e a consciência

Quem conhece ou já ouviu falar sabe que a Zara é uma loja de departamento elitizada, as roupas não são nada baratas, podem até ser mais caras do que em lojas de marcas conhecidas. O que atrai na loja é que ela segue as tendências da moda e a qualidade é boa e superior a outras do mesmo estilo.

Mas e agora com as notícias sobre trabalho escravo?

Resumindo a história, foi descoberto trabalhadores bolivianos em uma oficina da marca em Americana, interior de São Paulo, em condições degradantes de trabalho, o local sem infra-estrutura, falta de banheiros e dormitórios. 52 funcionários trabalhavam 14h por dia e recebiam entre R$0,12 e R$0,20 por peça, além de terem que arcar com o prejuízo das peças danificadas.
Eu não vou cantar de galo e dizer que sou um ser humano excepcional mas considero absurdo os empresários abusarem de pessoas para enriquecer, é algo inimaginável para mim, mas no mundo existem pessoas com todo o tipo de moral.
Eu posso fazer a minha parte que é passar bem longe da Zara, há quem diga que isso não é nada, que não adianta, que não muda, mas sabe aquela história de que de grão em grão a galinha enche o papo? Ou aquela fábula do beija-flor que pegava um pouco d'água com seu pequeno bico para ajudar a apagar o fogo de uma floresta inteira? Pois é.
Pensa bem, vale a pena pagar R$200,00 num vestido para andar na moda sabendo que as pessoas que o costuraram mal têm dinheiro para comer? Eu acho que não, mas cada um com o seu cada um.

E eu vou dizer uma coisa que me irrita e que considero coisa de mente pequena: por que eu vou fazer se fulano ou ciclano não fazem?
Problema deles! Não há comparação, cada um com a sua consciência. Não se compare, não se abstenha, não deixe de evoluir porque o que se leva desta vida é a vida que se leva.

Respeite o próximo seja ele quem for!

3 comentários:

  1. A maioria da blogosfera de moda ligou o "foda-se" e diz que quase toda marca faz isso, não é só a Zara, então vão continuar consumindo lá mesmo, igual a antes.É a posição mais conveniente, diga-se de passagem... tem até um artigo de um juiz de SP que foi publicado no Terra hoje sobre isso, sobre a conivência dos consumidores.

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  2. Mari, concordo com vc!!! Se cada um fizesse a sua parte o resultado seria mais eficiente!!!! E a verdade é que eu prefiro desfilar por aí com a consciência tranqüila...

    bjs

    brechoparaquemechic@bol.com.br

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